quinta-feira, 8 de junho de 2017

Entrevista Exclusiva com Sargento Fahur




Sargento Gilson Cardoso Fahur é paranaense, natural de Londrina, e há 35 anos atua como policial militar rodoviário. Se tornou nacionalmente conhecido pelo sucesso nas operações em que liderou e também pela linha dura na sua atuação como policial militar rodoviário em que, juntamente com sua equipe, realizou grandes apreensões de entorpecentes que ganharam o noticiário local e nacional. 


Brina - Como surgiu o interesse em ser policial?

Sargento Fahur - "Desde pequeno, ainda criança, tinha sonho em ser Policial, mesmo sem entender muito sobre o assunto, mas quando meu irmão mais velho, através de concurso, entrou para a Polícia Militar, eu vi que aquilo era possível, e então corri atrás de realizar meu sonho e ingressei na Polícia Militar do Paraná. Quando completei 16 anos de idade, minha mãe, muito pobre, comprou uma boa bicicleta de marchas para mim, dividindo em 15 prestações mensais o pagamento da mesma, e com 22 dias de uso um ladrão me furtou ela de frente da minha casa e esse fato me marcou. Sofri muito e vi minha mãe sofrer, e desde então prometi pra mim mesmo que ladrão e toda espécie de bandido iria pagar caro por esse fato, e assim sempre foi, ou seja, caço bandidos por prazer, e deles tenho ódio; ódio e nojo."


Brina - Quantos enfrentamentos com criminosos você já teve nesses anos de polícia?

Sargento Fahur - "Já tive dezenas de enfrentamentos contra criminosos, parte desses enfrentamentos foram com armas de fogo e parte no braço mesmo. Já tive a oportunidade de enfrentar bandido perigoso e aquele que não fugiu igual galinha assustada, ou foi preso ou foi para o inferno."


Brina -  Já matou algum bandido, saiu ferido ou presenciou a morte de algum colega em um enfrentamento?

Sargento Fahur - "Já matei bandidos e presenciei colegas de serviço sendo feridos gravemente por bandido, mas estando comigo graças a Deus nenhum companheiro de serviço perdeu a vida. Já saí ferido, mas por pancada, tombo, luta, e não por disparo de arma de fogo."


Brina - Qual foi o fato mais bizarro ou chocante presenciado por você em seu trabalho?

Sargento Fahur - "Alguns fatos que posso chamar de bizarro que atendi: Dois senhores, bêbados, ingeriram bebidas alcoólicas a noite toda e se desentenderam, quando um matou o outro e comeu seus lábios; além de um estupro de uma garotinha de dez anos, que depois foi estrangulada pelo maníaco, cujo qual prendemos; e o assassinato de forma cruel e covarde de um senhor, que foi morto por bandidos que queriam roubar seu carro e seu filho de seis aninhos correu em seu auxílio e foi agarrado e morto por um dos bandidos. Tive o prazer de prender esse assassino do garotinho, condenado a 27 anos de cadeia."


Brina - Em sua visão, qual é o maior e mais contundente motivo para que o Brasil esteja nas primeiras colocações no ranking de países mais violentos do Planeta?

Sargento Fahur - "Existem alguns motivos, como educação precária, inversão de valores, mas ao meu ver o principal é a impunidade. Bandido deita e rola e não se faz nada para conter isso. Se eu tivesse o poder de fazer as leis, iria endurecer em alguns aspectos. Por exemplo, anteontem, dois marginais roubaram mediante arma de fogo e cárcere privado, uma Toyota SW4, e foram perseguidos por minha equipe, até se chocar contra uma caminhonete F-250, dando perda total em ambos os veículos. Um dos marginais foi preso, e na minha concepção só sairia da cadeia quando ele ou a família pagasse cada centavo do prejuízo material dado para a vítima e para o dono do outro veículo. Começava por aí."


Brina - Qual a participação da classe política no constante aumento da criminalidade, principalmente em Estados do Norte e Nordeste?

Sargento Fahur - "A classe política em sua imensa maioria só pensa neles mesmos, e vivem apenas para se perpetuar no poder, usufruindo das benesses desse poder. Talvez para parte desses políticos, quanto pior estiver o povo, mais fácil de manipulá-los. Só se vê esses políticos criarem leis que beneficiam bandidos, copiando leis de países de primeiro mundo, onde a realidade é totalmente diferente da nossa."


Brina - Por que a incidência de contrabando e tráfico não diminui nas estradas estaduais e federais brasileiras, mesmo havendo policiais preparados e empenhados em defender o cidadão de bem e do bem, como você e sua equipe?

Sargento Fahur - "Uma boa pergunta. Primeiro motivo para se diminuir o tráfico entre outros crimes, deveria ser as condições desgraçadas dos nossos presídios, tais como doenças, ratos, urina de rato, baratas, torturas, assassinatos dentro das cadeias, entre outras barbaridades, mas apesar de tudo isso ainda existem idiotas que teimam em cometer crimes. Quanto à incidência do tráfico, tem alguns motivos, tais como impunidade, lucros absurdamente grandes, "clientes" aos montes, e sensação que o bandido tem de que com ele vai dar certo e ele vai ter um bom lucro e acaba preso. Na minha opinião, as drogas são o maior flagelo da humanidade, quem trafica deveria ser punido com a morte."


Brina - Você é a favor do cidadão de bem portar armas para se defender e defender sua família?

Sargento Fahur - "Sou a favor do cidadão de bem portar armas para se defender, defender sua família e seu patrimônio, e sou a favor de penas severas para quem fizer mal uso de armas."


Brina - Comente sobre o Estatuto do Desarmamento e o trabalho constante e incansável realizado pelo presidente do Movimento Viva Brasil – MVB – Bene Barbosa.

Sargento Fahur - "O estatuto do desarmamento foi um fiasco, que só desarmou pessoas de bem e a luta incansável de Bene Barbosa e demais membros do MVB, acabará dando frutos, pois já se começa a mudar a mentalidade sobre o cidadão se armar e ter direito a portar arma."


Brina - O que você acha de uma possível candidatura a presidente do Brasil, do deputado federal Jair Bolsonaro?

Sargento Fahur - "Uma eventual candidatura de Jair Bolsonaro, além de direito legítimo dele, vem a dar uma importante opção ao povo Brasileiro, que passa a ter um candidato que não aceita esse sistema de coisas, essa bandalheira, e essa inversão de valores. Um candidato que não mudou sua forma de ser e agir em mais de 20 anos de vida pública e que teria tudo, principalmente apoio da família brasileira, para efetuar mudanças básicas em nosso país, ou seja moralizar esse sistema de coisas."


Brina - Com sua experiência policial, e de vida, o que você faria para acabar ou para reduzir a criminalidade no país?

Sargento Fahur - "Tolerância zero contra criminosos, drogados, vagabundos, criando leis severas que os colocasse em seu devido lugar. Bandido tem que ser tratado como bandido. Outra medida urgente é um maior rigor na fiscalização e policiamento das fronteiras, que é de interesse do Brasil todo e não só do Paraná. Inadmissível que existam lugares onde sabidamente criminosos tem fuzis e vendem drogas dia e noite sem serem incomodados. Polícia e exército pra cima deles, caçando-os como a cães raivosos. Enquanto compensar ser bandido, o vagabundo não vai mudar. E a médio e longo prazo a educação ajuda muito."


Brina - Como seria um presídio se você fosse o presidente do Brasil ou o Ministro da Justiça?

Sargento Fahur - "Um presídio começaria por todos os presos uniformizados, cabelos raspados e com domínio do Estado e nunca sob comando de presos, facções e o diabo a quatro. Investimento pesado em presídios de segurança máxima, e trabalho para os presos pagarem sua comida e sua estadia. Ou a família paga a estadia ou tem que trabalhar para comer. Chega de sustentar vagabundo."


Brina - Você se demonstra favorável para que haja pena de morte ou pena de prisão perpétua no Brasil, por quê?

Sargento Fahur - "Sou favorável a pena de morte, pois morto não volta para cometer crimes e é sabido que alguns criminosos nunca vão se regenerar, tão grave os crimes cometidos por eles. Alguém aí acredita que esses caras que cortam outros presos em dez pedaços um dia podem voltar a viver socialmente? Você ao chamar um táxi para levar uma filha sua ao aeroporto, vê que o taxista que veio buscá-la é um ex-presidiário que matou, roubou e estuprou no passado, mas já está recuperado, deixaria ela embarcar e ir com ele? Se falar que sim, eu não falo mais em pena de morte."


Brina - Hoje, você é conhecido e querido por milhões de brasileiros nas redes sociais por sua sinceridade, honestidade, caráter e postura patriótica em defesa do cidadão de bem e da Nação. Você tem pretensões de disputar um cargo político para a próxima eleição?

Sargento Fahur - "Eu gosto mesmo é de prender bandidos, gosto de exercer o papel de Policial, mas uma eventual candidatura a Deputado Federal não pode ser descartada, até porque estou próximo de, obrigatoriamente, me aposentar, e tenho algumas opções para seguir a minha vida, uma delas é cuidar dos meus netos e jogar para debaixo do tapete toda a minha experiência adquirida em mais de 30 anos na segurança pública, e a outra é colocar toda essa experiência a serviço da sociedade em uma nova função, mas isso é coisa para o futuro e eu gosto mesmo é de ser Policial."


Brina - Como os brasileiros podem saber mais sobre seu trabalho, sobre você?

Sargento Fahur - "Podem procurar meu trabalho nas redes sociais, no Facebook tenho as páginas Sargento Fahur, e Sargento FAHUR, tenho canal no YOUTUBE, e estou sempre dando entrevistas que são reprisadas na internet. Também estou no TWITTER. Essa pequena entrevista mesmo, já mostra um pouco de mim.
Finalizando, eu gostaria de dizer que existem pessoas que gostam de jogar bola, existem pessoas que gostam de ir na balada, que gostam de jogar vídeo game e existe eu, Sargento Fahur, que gosto mesmo é de prender bandido."

5 comentários:

  1. Ótima entrevista, Brina! Realmente o sargento Fahur é um personagem admirável nesse país de tantas coisas erradas. Parabéns pelo trabalho.

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  2. Parabéns sargento Fahur. Força e honra.

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  3. Brina, Bom dia! não conhecia seu trabalho e passei a conhecer através do canal do Lilo. Gostei muito da dinâmica da entrevista e as questões apresentadas. Realmente um jornalismo diferenciado e não tendencioso. Parabéns pelo ótimo trabalho!

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