Roger Rocha Moreira, é o principal idealizador,
compositor, guitarrista e vocalista da banda de
rock Ultraje a Rigor. Além de
fazer parte do talk show The Noite, com
o Danilo Gentili.
Brina - Como e quando surgiu o Ultraje a Rigor?
Roger - "Em 1981. No começo, tocávamos por diversão, Leospa e eu. Quando
surgiu uma oportunidade de tocarmos em uma festa, montamos uma banda. Devido ao
sucesso dessa apresentação começamos a procurar bares para nos
apresentar."
Brina - "Ultraje" é um nome bem impactante. Como foi idealizado e qual
o motivo da escolha?
Roger - "Nós éramos uma banda de covers. Mas não respeitávamos as versões
originais, fazíamos arranjos. Passamos por outros nomes nessa linha até
chegarmos a Ultraje."
Brina - Quais as influências da banda?
Roger - "Beatles, anos 60 e 70, hard rock, heavy metal."
Brina - Como você vê as mudanças do cenário musical, tendo em vista que suas
músicas eram voltadas para outra geração?
Roger - "Um horror. A julgar pelo sertanejo, parece que essa
geração só pensa em beber. Pelo funk, que só pensa em lacrar."
Brina - "Inútil" é um dos maiores sucessos do Ultraje, música essa que
possui crítica social e se torna cada dia mais atual. Qual sua visão a respeito
da situação do país, tanto política como culturalmente?
Roger - "Tínhamos esperança. Hoje está claro que somos inúteis."
Brina - Sobre o governo militar, e fazendo uma analogia aos dias de hoje, qual
sua análise sobre a censura da época? Boa, ruim ou necessária?
Roger - "Foi boba. Não adiantou muito. Teria sido melhor um esclarecimento
sobre os males do comunismo. Hoje ainda há censura e desinformação."
Brina - Você, bem como Lobão, tem sido duas das maiores referências e
influências contra o governo PT e à corrupção. O que tem a dizer sobre essa
atuação?
Roger - "Idealista, principalmente. Fazemos o possível, como dois Dom
Quixotes."
Brina - Ter um posicionamento declarado em algum momento te atrapalhou ou
prejudicou no aspecto particular ou profissional?
Roger - "Muito pouco. Como percebi mais tarde, apenas poucos barulhentos se
opuseram. O brasileiro não é comunista. Todos adoram os EUA, ainda que não
confessem. Foi importante eu me posicionar para quebrar a espiral do silêncio.
Pegava mal falar mal da esquerda ou bem da direita depois de décadas de lavagem
cerebral vinda da esquerda."
Brina - Você acredita que o Brasil possui condições morais de se recompor?
Roger - "Sim, se não acreditasse teria desistido há tempos. Mas
temos que esclarecer o povo e parar com populismos. Temos que ouvir verdades
desagradáveis, temos que nos educar e temos que trabalhar."
Brina - Atualmente, o Ultraje é parte integrante do The Noite, com Danilo
Gentili. Como surgiu o convite para o programa?
Roger - "Partiu do Danilo e do Alex Baldin, um dos idealizadores do
programa e atual coordenador de conteúdo. Nós éramos perfeitos para o
programa."
Brina - O que podemos esperar de novidades em relação ao Ultraje a Rigor?
Roger - "Pouco. Embora eu ainda possa eventualmente lançar um disco, é
pouco provável que aconteça. São outros tempos, tenho outros interesses."
Brina - Roger, por favor, mande um recado aos seus fãs leitores do blog.
"Queiram-me bem, que não lhes
custa nada... :)"
Eu quero entrevista em VÍDEO. By @voldhemar.
ResponderExcluirEm breve ;)
ExcluirBoa entrevista, Brina. Parabéns!!
ResponderExcluirPostei na pág. da banda no Faceebook(https://goo.gl/eEKaTv)
Abraço.
Vim pelo canal do Lilo e adorei a entrevista, não se fazem cantores de coragem como antigamente, abraços ;)
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQuando criança eu ouvia dizer que o QI do Roger era muito elevado, mas só depois de entender que ele percebeu que esteve errado no período que chamam de ditadura, e o verdadeiro golpe passou a ocorrer desde então, eu enxerguei e passei a dar valor a esse QI. Achei suas perguntas muito bem elaboradas, parabéns!
ResponderExcluireu vim pelo Lillo e amei seu blog , ótimas entrevistas
ResponderExcluirFico muito feliz, obrigada!
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