Entrevista Exclusiva com a banda americana Ambrosia

Banda sucesso nos anos 70 e 80

Ambrosia é um quarteto fundado em Los Angeles, EUA. A banda teve seu auge nas décadas de 70 e 80, mas continuam na ativa até hoje, cativando "velhos" e novos fãs. 

Os membros da banda são David Pack (guitarra/vocal), Joe Puerta (baixo/vocal), Christopher North (tecladista), e Burleigh Drummond (baterista). 
O grupo foi descoberto em 1971 pelo maestro Zubin Mehta da Orquestra Filarmônica de Los Angeles, que caracterizou a banda como parte de um "concerto ideal para cativar os norte-americanos". 

Burleigh Drummond, baterista e membro fundador da banda, foi quem conversou comigo nessa entrevista. 

Brina - Quando e como co­me­çou Ambrosia?

Burleigh Drummond - "Oi Bri­na, Ambrosia começou ofi­cialmente em 1970, em San Pe­dro, Ca. que é o porto da ci­­dade de Los Angeles. Três mem­bros, Joe Puerta, Chris Nor­th, e David Pack, estavam jun­tos sob um nome diferente, mas quando eu, Burleigh Drum­­mond, me juntei, tornou-se oficialmente Ambrosia."

Brina - Durante as décadas de 70 e começo da década de 80 a banda fez enorme su­ces­so mundial. Como foi esse pe­rí­o­­do para vocês?

Burleigh Drummond - "Dé­cada de 70 e início dos anos 80 foram definitivamente um "bor­rão" de atividade e cri­ação, com­posição, grava­ção e tur­nês. Você realmente não tem mui­to tempo para uma vida pes­soal. Foi ótimo, às ve­zes, e só às vezes, eu sei que pode ser difícil de imaginar. Eu não tro­caria esse período da minha vida, mas eu sinto que a minha vida real começou quando pa­ra­mos, em 1982, e eu conheci minha esposa e tive filhos, a vi­­­da começou a significar mui­to mais para mim então."

Brina -  Em 1982 a banda en­trou em crise. O que acon­te­ceu nessa época que levou ao "fim" do Ambrosia?

Burleigh Drummond - "Du­ran­te o período inicial da Am­brosia assinamos os piores ne­gó­cios  que eram possíveis as­si­nar. Era impossível a ban­da continuar nesta situa­ção. Não po­díamos re­solvê-la dentro da banda e nós fomos for­çados a nos separar por al­guns anos. Mas foi uma bên­­ção disfar­çada, por­que to­do mun­do na Ambrosia se rami­ficou e se de­senvolveu co­mo ar­tis­tas, muito mais do que se ti­vés­semos ficado den­tro do ca­sulo do Ambrosia. Cada mem­bro seguiu seu próprio ca­minho: Da­vid Pack fez um álbum so­lo, Joe Puerta tornou-se mem­bro do "Bruce Horns­by and the Ran­ge", e minha es­posa Mary e eu lan­çamos três CDs sob a nossa nova ban­da "Tin Drum". Além de pro­duzir e escrever para ou­tros artistas, possuir e ge­rir es­tú­dios de gravação, etc. Um pe­­­ríodo muito pro­du­tivo."

Brina - Em 1989 vocês re­tor­naram. Atualmente a banda con­­­­ta com os mesmos mem­bros da formação original?

Burleigh Drummond - "Três dos quatro membros originais permanecem na Ambrosia, Joe Puerta, Christopher North, e eu, Burleigh Drummond. Nós também temos um novo talento incrível na banda: Ma­ry Harris-Drummond nos te­cla­dos e vocais, Ken Stacey nos vocais e guitarra acústica, e Doug Jackson na guitarra e vo­cais."

Brina - Quais foram as par­ce­rias mais memoráveis e im­portantes que Ambrosia já fez?

Burleigh Drummond - "Ti­ve­mos a incrível sorte de ter tra­balhado e colaborado com Leonard Bernstein, Kurt Von­negut Jr., Lukas Foss, Alan Par­sons, Michael McDonald, e tantos mais que iria encher es­­sa página."

Brina - Vocês já se apre­sen­ta­ram no Brasil?

Burleigh Drummond - "Am­­­­bro­sia nunca foi ao Brasil e isso parte meu co­ra­ção, porque eu amaria ir e tocar em turnê por todo esse incrível país!"

Brina - Quais são os projetos atuais e o que podemos es­pe­rar de novidades em relação ao Ambrosia?

Burleigh Drummond - "Es­tamos no processo de gra­var alguma música nova como nós falamos. "Hopes And Dre­ams" é a nossa primeira can­­ção con­cluída para a nova coleção."

Brina - Por favor, enviem um recado para seus fãs bra­si­lei­ros.

"Brasil, você teve uma profunda influência sobre a Ambrosia e eu sinceramente espero que algum dia em breve possamos ir ao Brasil e devolver a vocês um pouco da ale­gria de expressão que vo­cês têm dado para nós!"