Orival
Pessini, um dos maiores artistas de todos
os tempos, que infelizmente nos deixou em outubro deste ano, foi um comunicador, ator, compositor, cantor,
comediante, artista plástico e humorista.
Em entrevista exclusiva concedida no
final do ano passado, Orival me conta como a personagem foi criada e
desenvolvida.
Criador e Criatura se fundem no amor à
arte de encenar e levar a alegria à todos... Fazendo parte, e permanecendo
assim, na memória de muitas gerações.
Brina - Quando
começou sua carreira de ator?
Orival Pessini - "Comecei em teatro amador e depois como
profissional na antiga TV Tupi onde fazia uma peça infantil semanal durante 1
ano "Quem conta um Conto" na década de 60, foi uma ótima escola também."
Brina - Quantas
personagens você criou ao longo de sua carreira? E qual foi a mais marcante?
Orival Pessini - "Bem, conhecidos do públicos foram: Sócrates,
Charles, Patropi, Fofão, Prof. Ranulpho e Juvenal, mais uns 8 ou 10 que participam
do show Patropi & Cia eventualmente e mais alguns que não foram apresentados
ainda, talvez uns 20. Vários foram marcantes, cada um em sua época."
Brina - Fofão
com certeza marcou a vida e a infância de muitas pessoas. No que ele foi inspirado?
Orival Pessini - "No final de 82 o Boni, na época diretor
geral da Globo, pediu pra eu criar um personagem infantil e, o que eu criasse
iria pro ar, ele não queria nem ver o "piloto", o programa seria o
"Balão Mágico" para estrear em 83, foi uma responsabilidade enorme,
imaginei um palhacinho, porquinho, cachorrinho, ursinho, palhacinho... Enfim como o filme ET fazia um enorme sucesso e era um bicho bem feio mas
passava muita emoção, misturei tudo que havia imaginado e criei o meu ET que
veio da Fofolândia, nasceu o Fofão e deu no que deu..."
Brina - Hoje,
você sente a mesma emoção atuando como Fofão em comparação há 20 anos?
Orival Pessini - "Exatamente a mesma!"
Brina - Como
termina o Fofão? Ele terá um fim?
Orival Pessini - "Um dia ele voltará para a Fofolândia e
nesse dia... eu irei junto."
Brina - Quanto tempo você ficou por trás das
máscaras sem revelar seu rosto para o público?
Orival Pessini - "Nunca me preocupei com isso, sempre me
revelei em entrevistas, depois de shows etc. é que os personagens são muito
mais fortes e isso é que interessa."
Brina - Em
suas próprias palavras, você se considera o ator mais famoso mais desconhecido
do Brasil. Pra você há alguma diferença em atuar com ou sem máscaras?
Orival Pessini -
"Nenhuma! Tanto que pra quem se interessar, pode
me ver no filme "Carrossel", sou o sr. Campos o dono do acampamento,
aliás um filme já está com quase 4 milhões de espectadores."
Brina - Em
sua opinião, os programas infantis no formato que você conhece deixarão de
existir algum dia na TV aberta?
Orival Pessini - "Provavelmente, mas acho uma injustiça
com a criança que não pode ter acesso a tv a cabo, a criança é, foi e será
sempre igual, a informação que ele recebe em seu "disco rígido" quem
coloca é o adulto, portanto sei os programas que eu já fiz, faria o
mesmo sucesso, um belo exemplo é a singeleza do Chaves, pra reforçar minha
tese."
Brina: Você acha que o Fofão teria a mesma
aceitação se fosse criado nos dias de hoje?
Orival Pessini - "Procurem essa resposta na página do
face do Fofão, vejam fotos e vídeos do recente lançamento do DVD #FofãoForever,
mães choram de emoção e crianças riem como riram sua mamães."
Brina - Quais
são seus projetos atuais para o teatro, e podemos esperar novidades em relação
a TV?
Orival Pessini - "Esse ano de 2016 vai ser de muitos
outros lançamentos e apresentações do Fofão por todo o Brasil, quanto a TV
quando me chamam eu vou, pelo jeito num tô fazendo falta, mas continuo fazendo
muitos eventos corporativos e teatro quando contratado com "Patropí
& Cia"."
Brina: Orival, por favor, mande um recado aos seus fãs.
“Amigos,
que vocês tenham um lindo 2016 e, que se houver lágrimas, que sejam só de
emoção, beijo”
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